https://www.diariobahia.com.br/colunista/cyro-de-mattos.html
Neste começo de governo, tanto o prefeito de Itabuna, Claudevane Leite (PP), como o de Ilhéus, Jabes Ribeiro (PP), adotam posturas semelhantes.
A ação mais enérgica, talvez a principal, é o anúncio de corte no número de cargos comissionados. No popular, é a boa e velha "caça aos fantasmas".
A já alardeada intervenção é em nome da austeridade – e do cumprimento da real e ao mesmo tempo abstrata Lei de Responsabilidade Fiscal.
Tal dispositivo legal, embora raramente se cumpra na prática, estabelece um teto de 54% do orçamento no gasto com pessoal.
Só na folha
Em entrevista à TV Santa Cruz, por exemplo, o prefeito Jabes Ribeiro apresentou um dado alarmante: dos mais de 500 funcionários lotados na secretaria de Desenvolvimento Urbano, apenas 40 efetivamente trabalham.
Onde estão os demais? – há de se perguntar a população da "terra da Gabriela". Resposta: Quem souber morre!
O fato é que nas duas principais cidades sul-baianas o poder público vem gastando quase 80% do orçamento com o pagamento de "servidores".
Teta vira cabide
Enquanto acha esse começo "bonitinho", porém, a comunidade torce para que os gestores não se rendam aos mesmos vícios de governos anteriores. Maus-costumes, aliás, bastante comuns nos quatro cantos do nosso Brasil.
Em favor da tão desejada governabilidade, prefeitos costumam desnudar as suculentas tetas do poder para que os oportunistas de plantão transformem a máquina pública no chamado cabide de empregos.
Fica sempre a expectativa – e a esperança – de que dessa vez seja diferente. Nesse sentido, Amém!